segunda-feira, 3 de março de 2008

DIÁRIO GAUCHE
COLÔMBIA, ESTADO TERRORISTA


A quem fecha os olhos para ver a dor
A quem os abre para saber o autor
A quem não é cego
A quem não cega
A quem não se cala
A quem não cala
A quem fala

O poeta indica a leitura da postagem do Cristóvão Feil, comandante-em-chefe do Diário Gauche.

Mas não deixe de clicar nos linques e assistir os dois vídeos que contam a história das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, uma legítima verdade inconveniente.

Colômbia insurgente

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, quer o seu terceiro mandato, mesmo que a custa de uma guerra internacional na América do Sul. Nada importa a esse boneco de ventríloquo dos falcões da Casa Branca, pró-homem do narcotráfico e dos paramilitares direitistas colombianos. Importa apenas o poder do terceiro mandato, agora. Para tanto, invadiu dias atrás o território equatoriano e eliminou membros guerrilheiros das FARC’s (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o líder armado Raúl Reyes. Uribe quer o confronto, quer a radicalização para se impor como a única solução viável e “constitucional” de liberais e conservadores da Colômbia. Mas está sendo duramente denunciado e repelido por Hugo Chávez e Rafael Correa, respectivamente presidentes da Venezuela e Equador.

A história do país de Garcia Márquez está pontuada por tipos assim, de assassinatos, traições e golpes de mesa. As FARC’s surgiram após uma tentativa de golpe dos conservadores em abril de 1948, com o famoso Bogotazo, quando parte da Capital foi destruída por milhares de manifestantes enfurecidos e onde morreram em poucas horas mais de três mil pessoas, e 300 mil nos anos seguintes, até 1953.

Veja o vídeo
aqui (parte 1) e aqui (parte 2).

Tratam-se de documentários ainda do tempo do presidente Pastrana, antes de 2002, mas que dá uma idéia do que são as FARC’s, de Manuel Marulanda, o Tirofijo, que não são vulgares narcotraficantes ou terroristas, conforme diz a propaganda norte–americana, aqui repetida pelo PIG, bem como a guerrilha do ELN, do padre Camilo Torres, morto em 1966.

No cartum de Latuff, que ilustra a postagem, o czar das drogas John Walters e o presidente colombiano Alvaro Uribe destruindo fazendas, fazendeiros – e a floresta amazônica – em nome da guerra contra as drogas.
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