quinta-feira, 13 de março de 2008

LA REPUBLICA
MIL SEMANAS DE UTOPIA

O diário uruguaio La Republica (clique aqui) compleou hoje mil semanas de utopia, sete mil edições dizendo "sem verdade sequestrada, sem memória proibida". O carteiro do poeta presta sua homenagem reproduzindo a capa da edição comemorativa.

Pura coincidência, a primeira enquete do blogue trata justamente sobre a falta dessa utopia por aqui. "Por que não há jornais diários de esquerda com alcance nacional no Brasil" ou, pelo menos, em âmbito estadual?

Até agora, a maioria (47%) acha que é porque "os anunciantes são todos de direita". Em segundo lugar, com 36%, está o item "outra razão a ser definida futuramente". O terceiro lugar, com 25%, é ocupado pela opção "não há leitor suficiente para sustentar um jornal de esquerda sem publicidade".

Bueno, voltando ao Uruguai virtual, onde o carteiro do poeta cumpre agenda cultural, resolvi fazer campanha para a opção a ser definida futuramente por várias razões. A principal, o uruguaio Ángel Rama e suas comarcas culturais. Rama denunciou as contradições entre nossas fronteiras geográficas e culturais, atribuindo isso ao fato de terem sido definidas na Europa.

Outra razão para pensar mais sobre o assunto é Flávio Aguiar, Diretor do Centro Ángel Rama de Estudos Latino-Americanos da USP, (clique aqui e leia o artigo A América Latina não existe), publicado na página da oscip CELPCYRO (Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins).

Flávio publicou o artigo
A mídia dos nossos dias (clique para ler) na Carta Maior (clique para acessar), que é a ata do 1º Encontro da Mídia Independente (clique para ler no Blogue do Rovai), que aconteceu no dia internacional da mulher em São Paulo.

Se você também alimenta a utopia, não deixe de votar ao lado.

Parte da capa da edição histórica do La Republica, em tradução livre do carteiro, está aqui embaixo.

Obrigado por dizer 7 mil vezes Sim

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diferente que constrói dia a dia
a façanha da comunicação humana.

Sim ao jornalismo
que converte informação em significado.

Sim ao jornalismo
da coragem e da esperança que não se rende.

Sim ao jornalismo
que não acaba em piada e busca
as raízes e as referências dos fatos.

Sim ao jornalismo
que não informa só o agora, mas o antes e o depois.

Sim ao jornalismo
que brinda o conhecimento, não só satisfaz a curiosidade.

Sim ao jornalismo
de explicações, não apenas de anotações.

Sim ao jornalismo
dissidente da manipulação e da mentira.

Sim ao jornalismo
que não se especializa em aborrecer o próximo.

Sim ao jornalismo
que informa, não padroniza.

Por dizer 7 mil vezes sim
à verdade contra o silêncio dos culpados.
.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Esse jornalismo não é o do Carta Maior e, muito menos do Flávio - chapa branca - Aguiar.

Anônimo disse...

Carteiro, haverá encontro de mídia alternativa em Porto Alegre, dia 20/03, 18h30min, Av. João Pessoa 41. O Joaquim Palhares, eu e o Rodolfo organizamos o encontro. Espero que possas participar.

Eduardo Martinez disse...

Claudia, fico honrado com a lembrança, mas meu exílio social ainda não me permite viajar até a capital. A menos que algum milagre aconteça antes. Estarei em intenção, o gesto fica para a busca incessante de informações sobre o evento. Há bração...