sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

CORRESPONDENTE IPIRANGA
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Hoje de manhã, quando ouvia o Correspondente Ipiranga da Rádio Gaúcha AM, por volta de 8h, uma coisa me chamou a atenção. Lá pelas tantas, no final do segundo bloco do informativo, o apresentador Leandro Staudt anuncia:

- Em instantes, menina de seis anos é morta na zona norte de Porto Alegre.

Até aí nada mais pitoresco, trágico, dramático e emocional que o próprio critério usado para noticiar o fato. Pero la cosa se pone peluda quando, depois do anúncio jornalístico, vem o anúncio comercial do patrocinador sem nenhuma pontuação gráfica audível separando as orações, narrado por uma voz feminina:

- Promoção Ipiranga X-Games, troque o óleo do seu carro no jet oil, ganhe um brinde e concorra a uma viagem com dez acompanhantes para os X-Games em Los Angeles.

Cada louco com sua mania. Uns gostam dos óleos, outros das lágrimas. Mas algumas dúvidas incomuns do senso comum não querem calar.

Afinal, a morte da menina é uma promoção do patrocinador?

Ou o patrocinador se promove porque o anúncio da próxima atração jornalística, a morte de uma menina na zona norte, atrai a atenção do ouvinte, aumenta a audiência e potencializa as vendas?

Ou a Ipiranga prefere ligar sua marca aos fatos negativos tratados sem critérios de respeitabilidade pela Rádio Gaúcha AM?

E se o senso comum resolver, de uma hora para outra, virar penso o incomum e boicotar o patrocinador?

Na mesma página do Correspondente Ipiranga, no ClicRBS, o senso comum também foi despertado para algo que seria apenas mais um falha de revisão. A chamada e o linque para o mesmo correspondente, das 20h, deixam dúvidas.

- Polícia investiga fralde milionária na área da saúde no Litoral Norte.

Por pura desconfiança, a prova do crime foi salva. Já que estamos falando da RBS, cabem outras observações incomuns.

Será que o pessoal do Clic virou dependente químico de trocadilhos e neologismos?

Na chamada, fralde é neologismo para fraude na fralda ou para fraude de fralda?

A notícia é sobre fraude milionária na fábrica de fraldas?

A polícia investiga a compra superfaturada de fraldas?

Uma quadrilha de crianças fugiu da creche, invadiu o posto de saúde, ensacou todo o estoque de chupetas, mamadeiras, chocalhos, pomadas contra assaduras e mantém médicos, enfermeiros e funcionários como reféns há 24 horas?

A Brigada Militar chamou uma psicopedagoga para negociar com os meliantes?
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Um comentário:

Anônimo disse...

Parabén pelo blog. Acesso-o diariamente.

Quando tiver um tempo, dê uma passada em A Poltrona (www.apoltrona.blogspot.com), meu blog.

Sou de Maringá-PR.


Um abraço!